ORGANIZAÇÃO DE UM CONSELHO MISSIONÁRIO

O Pastor Nivaldo Góis, do Instituto Paqto, em Maringá, PR, estabelece três pilares para o bom desenvolvimento da obra missionária na igreja local:

  1. 1. CONSELHO MISSIONÁRIO
  2. 2. MOVIMENTO INTERCESSÃO
  3. 3. MOVIMENTO FINANCEIRO

Este tripé atua em conjunto e um complementa o outro.
Neste artigo queremos tratar sobre o Conselho missionário. É ele quem desafia a ação missionária da igreja; quem gerencia as finanças e quem mobiliza a igreja para intercessão missionária. Nosso objetivo é munir a igreja de informação para o bom desempenho de seu serviço. Não é algo desconhecido ou lei final que propomos, é apenas o compartilhamento do que temos visto funcionar em muitas igrejas.

O QUE É UM CONSELHO MISSIONÁRIO ?

O Conselho Missionário atua como o órgão facilitador do envolvimento da igreja local com missões. É o Conselho Missionário que gerencia e implementa todas as ações para que a Igreja seja mobilizada para cumprir o ide de Jesus. Compõe-se de pessoas nomeadas ou eleitas, segundo o sistema governamental da igreja, que manifestem paixão pelas almas, capacidade gestora e disposição para o serviço e, sobre tudo, presença genuína do Espírito Santo.
Devemos lembrar que quem faz missões não é Conselho Missionário, mas sim a Igreja, e os membros do Conselho, enquanto igreja,devem fazer sua parte, individualmente.
Este grupo empenha-se na tarefa de manter a igreja informada, e atualizada sobre o que está acontecendo no contexto missionário mundial. Para isto podem ser usados vários meios, e os próprios missionários com quem a igreja mantém contato funcionam como excelente fonte de informação.

Os objetivos principais do Conselho Missionário são:
a) Ser um facilitador das decisões e ações missionárias da igreja
b) Orientar e administrar os recursos e as estratégias para envio e manutenção dos missionários nos Campos.
c) Oferecer ferramentas e orientação para a igreja na realização da obra missionária buscando a sua excelência.
d) Ser o elo entre o campo, o missionário e a igreja, mantendo atualizados dados e informações para pesquisa e repasse para ambas as partes.

ÁREAS DE ATUAÇÃO DO CONSELHO MISSIONÁRIO

Algumas igrejas dividem as áreas de atuação do CM em comissões, outras em coordenadorias, outras, ainda, têm ministros nomeados para cada área. O que realmente importa é que estas áreas sejam cobertas e funcionem.
A delegação com acompanhamento ajuda na excelência na realização da tarefa. Algumas áreas são imprescindíveis a esta tarefa:
a) Oração: O CM deverá ter uma comissão de intercessão. Seu objetivo será motivar, e manter a intercessão missionária na igreja através de painéis informativos, calendários semanais e mensais de oração, até mesmo podendo-se ter um espaço no boletim semanal da igreja.
Outro recurso excelente é a criação da sala de oração, que estará sempre atualizada com informações, estatísticas e divulgação de eventos missionários locais, regionais ou mundiais.
Toda igreja com um coração missionário deve fazer parte da Campanha Mundial de Oração e estar envolvida com movimentos de oração nacional e mundial (denominacional, ou não), pró-missões.

b) Cuidado Missionário: O CM não pode perder a visão de que a obra Missionária é feita através de pessoas. Pessoas precisam ser cuidadas, ouvidas, acompanhadas, orientadas, etc.
Os missionários devem ser conhecidos pelo nome (não pelo número de sua conta). O CM deve saber sua situação familiar, de saúde, de sustento, forças e fraquezas ministeriais, e ajudá-los a alcançar sucesso em sua vida pessoal e cristã, assim, também, como no bom desempenho de sua missão.

c) Educação: Uma comissão deve ocupar-se especificamente da educação missionária da Igreja. Cultos Missionários, Treinamentos evangelísticos, ferramentas ministeriais devem ser oferecidas à igreja para capacitá-la em sua missão.
Esta comissão poderá coordenar uma Classe de Orientação Ministerial e Treinamento Evangelístico (COMTE). Através da mesma poderá oferecer à igreja treinamento para os vocacionados e cursos de evangelismo, dons e ministérios, homilética e hermenêutica, etc.
A distribuição de literatura na área, criando círculos de leitura e compartilhamento é, também, um excelente recurso a ser utilizado.

d) Eventos: Confecção de Boletins, Organização de congressos e conferências de oração e missionárias, festa das nações, Dia de Missões, Dia do Missionário etc.
O objetivo principal será mobilizar de forma mais impactante e global a igreja em sua tarefa missionária.

e) Finanças: Caso o CM não tenha uma diretoria administrativa composta de presidente, secretários e tesoureiros, esta comissão deverá levantar, planejar e administrar as finanças para o sustento de campos e missionários, bem como gerir o movimento financeiro em momentos de realização de eventos específicos.

f) Recepção: Esta comissão terá a responsabilidade de receber visitantes, missionários ou preletores em eventos, cuidará da chegada, conduzindo à sala de oração e ao local de espera e descanso até o início da programação, cuidará de sua hospedagem e alimentação (lanche, refeição, etc). Esta comissão poderá coordenar o transporte dos missionários e preletores de cultos e eventos, ou o CM deverá criar também uma comissão de transporte para este fim.

A ORGANIZAÇÃO PROPRIAMENTE DITA

Para organizar o Conselho Missionário propriamente dito a igreja deverá determinar a forma e os critérios para escolha daqueles que irão compor o Conselho.
A formação de uma diretoria é necessária para tornar funcional a estrutura. Os critérios e a forma dependerão da definição de cada Igreja local.
Um recurso delimitador e facilitador para o desempenho do trabalho poderá ser a elaboração de um regimento interno onde já se estabelecerão as funções de cada componente da diretoria e das comissões, tempo de mandato, forma de escolha (nomeação ou eleição), critérios para o levantamento de recursos, etc.
Um bom recurso é visitar igrejas que tenham conselhos missionários e aprender com seus modelos, adaptando-os a realidade local.
È importante que o CM tenha uma sala própria, onde possa receber os membros da igreja e missionários, realizar suas reuniões, e disponibilizar material de divulgação, e manter um arquivo e um painel com as informações sempre atualizadas.
Algo muito bom e clareador de idéias é definir a missão e a visão da Igreja para Missões, assim o CM já saberá por onde começar e que alvos deverá empenhar-se para atingir.

Organograma:

Agora a orientação é: mãos à obra! Que Deus nos encontre fiéis na volta de Jesus!
Miss Mirtes Elaine Ferreira dos Santos / DEM – UIECB
Conselho Missionário