Relatório de Santa Rita de Cássia e povoado Barreiros – Bahia | Setembro 2015

“E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo foi nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio; Antes, como está escrito: Aqueles a quem não foi anunciado, o verão, e os que não ouviram o entenderão. Romanos 15:20, 21

Conforme solicitado pelo pastor Eliezer Sales – Presidente do DEM, venho através desta relatar sobre o desenvolvimento do trabalho.

SANTA RITA DE CÁSSIA – BA

Este campo existe há quatro anos, o mesmo foi aberto pela missionária Maria do Carmo Josephino (Carminha). Stª Rita tem 26.761 habitantes (Fonte: IBGE) e 23 denominações evangélicas.

Eu vim trabalhar com a Miss. Carminha em dezembro de 2013. O desenvolvimento desse campo é bastante lento. Já tentamos várias estratégias para alcançarmos as pessoas, mas não conseguimos. Hoje, contamos com três pessoas batizadas, duas congregadas e raros visitantes. A cidade é bastante evangelizada e há muita resistência devido ao catolicismo romano. Nós realizamos cultos as terças, quartas e domingos, sempre com as mesmas pessoas apesar dos vários convites que já fizemos. Também temos uma escolinha de reforço escolar que foi idealizada com o objetivo de ser uma ferramenta a mais no evangelismo, mas não tem funcionado. Os pais não se permitem aproximação, só conseguimos reunir maior número de pessoas quando oferecemos algum lanhe. Os gastos do campo de Stª Rita, são: R$ 500,00 aluguel da casa, R$ 450,00 aluguel do templo, R$ 100,00 lanche para as crianças da aula de reforço, R$ 70,0 luz ,R$ 20,00 água, R$ 220,00 internet e mais as despesas de mercado.

A Miss. Carminha se transferirá de Stª Rita para Barreiras no próximo mês, com a saída dela, fica financeiramente muito difícil manter esse campo, eu não tenho manutenção suficiente para tal. Mas não é só a questão financeira que pesa, mas também o fato de que sozinha será ainda mais difícil mudar a realidade do desenvolvimento da igreja aqui. Penso que para o crescimento que desejamos ver aqui, além de muita oração, é também necessário juntar forças com mais pessoas, penso que se decidirem a favor da continuidade do trabalho aqui, precisam pensar em enviar pessoas para ajudar por um determinado período e não apenas como visita.

POVOADO DE BARREIROS – MANSIDÃO

Este campo existe há quatro anos, foi aberto pela irmã Jaira e pela Miss. Caminha. O povoado fica a 14 km de Mansidão e a 70 km de Stª Rita, a estrada é de terra, demoramos três horas de Stª Rita ao Barreiro. O povoado conta com uma população por volta de mil habitantes. Em torno do mesmo, existem outros povoados mais ou menos do mesmo tamanho, às vezes maiores, às vezes menores. Barreiros fica em Mansidão, cidade que tem 12.594 habitantes (Fonte: IBGE). Em Mansidão, tem duas denominações evangélicas.

Todas as quintas-feiras, nós viajamos para o povoado de Barreiros, onde temos culto de estudo na quinta e culto de adoração no domingo (eu e Carminha nos dividimos para dar assistência a este trabalho). Em Barreiros, temos 19 adultos (doze já são batizados), 10 jovens e adolescentes (cinco batizados) e 6 crianças. O toltal de pessoas da igreja são 35, e frequentemente temos visitantes. Este ano conseguimos com a ajuda do pessoal da IEC de Campo Redondo em um mutirão construir o templo e estamos trabalhando para conseguirmos fazer o acabamento.

Concluindo:

Desde que vim morar em Stª Rita, me inquieta o fato de não conseguirmos estabelecer contato mais pessoal com as pessoas. Vocês conhecem a  Miss. Carminha, sabem da popularidade dela e de seu carisma, e mesmo assim, não conseguiu mais do que contatos superficiais. Eu também. Queríamos muito ver a igreja cheia adorando ao Senhor, mas não acontece. Já no povoado do Barreiro, a terra é fértil. Lá contamos com pessoas as quais sabemos serão grandes apoiadores do trabalho e nos sentimos muito mais acolhidos, apesar de lidarmos também com a tradição católica romana enraizada nas pessoas, porém, o diferencial é que lá encontramos quem dá ouvidos à mensagem do Evangelho a qual proclamamos. Penso sempre que estamos trabalhando de maneira invertida, pois em  Stª Rita quase não temos frutos, enquanto no Barreiro estamos sempre encontrando terra fértil e também colhemos, com o crescimento do trabalho, se faz necessário um acompanhamento. Em Mansidão, tivemos oportunidade para falar aos casais, e pediram que continuássemos com os estudos, mas devido a falta de tempo e a distância não pudemos atender. Compreendo que o ideal para implantar uma igreja, seja da maior para a menor, porém, aqui nós estamos vendo que Deus inverteu isso, pois, começou da menor para a maior. Quanto à preocupação sobre como ficará o trabalho quando a missionária não estiver mais com eles, penso que será a mesma coisa se tivéssemos em uma cidade maior, Deus irá levantar alguém. Até mesmo porque não penso em viver lá pra sempre, penso em preparar a igreja para caminhar com mais maturidade e que quando chegar o tempo para partir, Deus trará um servo seu, que ama o povo e que se disporá a pastoreá-los. Eu creio que podemos realizar um grande trabalho em Barreiros e Mansidão, mas para isso precisamos focar o trabalho. Quanto a Stª Rita, penso que poderíamos continuar realizando cultos ou estudos nos lares a cada quinze dias ou a cada semana.

 

No amor de Cristo

Miss. Simone